Ele era jovem, nocturno e adorava uma boa farra com os amigos. Sabia que não era rapaz para estar preso por garotas. A noite fascinava-o assim como as motas e uma boa noitada com os amigos. Agora aquela miúda sua vizinha tinha crescido a olhos vistos! Ela era apenas uma garota ele sabia. Mas estava ficando bem gira, lá isso estava.
Na rua e mesmo em sua casa, era comum se encontrarem, pois ela frequentava sua casa.Era da casa e dava-se com a sua família. E na verdade ela simplesmente o detestava. Tomava o seu comportamento mais velho e tresloucado e simultaneamente louco, por convencimento de macho latino. Adorava meter-se com ela e puxar-lhe os cabelos, dizer-lhe que ela estava a ficar gira, "estúpido"...costumava ela chamar-lhe. Não tinha um espelho para se ver lá em casa?
Sempre que ele resolvia arranjar a mota na porta rua de sua casa e se colocava de cocaras, ficava com o rego do rabo à mostra ...que nojo! Ela odiava.
Bem... mas pouco importava. Afinal ela tinha apenas catorze anos e ele um rapaz de vinte e um...sua mãe nunca o permitiria. Está tudo bem...a noite caía e os amigos estavam à sua espera.
Amanhã era outro dia e aquela miúda era mesmo uma chata muito gira, mas que não podia com ele e tinha de crescer...nem sabia porque pensava no assunto.
Histórias reais ou com alguma imaginação. Relatadas por mim e baseadas em realidades da vida por mim testemunhadas ao longo de uma profissão de muito contacto com o ser humano. A ouvi-los desabafar alegrias, tristezas, verdades e complexos. Desabafos!Um desgaste psicológico para quem tem de ouvir todas elas sem reclamar, sim ajudar e apoiar. Histórias longas e muitas vezes incríveis contadas num gabinete.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Ele Era Jovem e Nocturno
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