segunda-feira, 16 de junho de 2014

Vida Por Um Fio

Com a vida por um fio ela continuava a fazer tudo o que sempre fazia no seu dia a dia ignorando pura e simplesmente o que vinha sentindo.
  Afinal tinha apenas 17 anos e ninguém lhe havia dito nada. 
Estava na hora, o tempo tinha passado e nada acontecia a não ser aquelas dores e falta de poder manter-se sentada na mesma posição, ou simplesmente aquelas dores, que nem passavam nem aumentavam mas que iam e vinham, fazia mais de um dia.                                
 Foi o seu professor e advogado Drº Novais que vendo aquela indisposição na sua aula de direito comercial, lhe pediu para sair e se dirigir ao hospital. Lá foi...mas sem vontade alguma. Afinal era o fim de uma gravidez e que tinha passado as 40 semanas não deveria ser muito diferente ou seria??? Porque o seu médico de nada a  havia informado e porque sua mãe sua sogra nunca nada lhe disseram? Era afinal algo natural ou não de acontecer???

Muito jovem e bem disposta, ela jamais imaginou que não voltaria a casa para buscar suas malas com a roupinha do bebé e muito menos que dentro de poucas horas iria entrar num coma que e a faria lutar durante mais de vinte dias pela vida e que a faria esquecer quem era, onde estava e o que fazia ali, que era casada e havia tido um bebé...sequer que era mãe.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Eles e Eu e a U.Z. Agradecem -

Agradecemos o Contributo de Todos os Particulares e Entidades 

Porque eles comem todos os dias e não se sabem defender da maldade dos homens, eu Conceição Ramos peço por eles. Ligue para o numero de ajuda alimentar, apadrinhe um animal, ou colabore de quando em quando. Uma visita a um canil onde os animais são deixados ao abandono pelos seus donos fazem qualquer ser de bom coração sair de lá com vontade de ajudar. Fechar os olhos é o caminho mais fácil ...difícil e voltar lá todos os dias, mas eles merecem.
 Uma história diferente e bem real da actualidade. Animais criados no meio familiar jogados no lixo todos os dias!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ele Era Jovem e Nocturno

Ele era jovem, nocturno e adorava uma boa farra com os amigos. Sabia que não era rapaz para estar preso por garotas. A noite fascinava-o assim como as motas e uma boa noitada com os amigos. Agora aquela miúda sua vizinha tinha crescido a olhos vistos! Ela era apenas uma garota ele sabia. Mas estava ficando bem gira, lá isso estava.
 Na rua e mesmo em sua casa, era comum se encontrarem, pois ela frequentava sua casa.Era da casa e dava-se com a sua família. E na verdade ela simplesmente o detestava. Tomava o seu comportamento mais velho e tresloucado e simultaneamente louco, por convencimento de macho latino. Adorava meter-se com ela e puxar-lhe os cabelos, dizer-lhe que ela estava a ficar gira, "estúpido"...costumava ela chamar-lhe. Não tinha um espelho para se ver lá em casa?
 Sempre que ele resolvia arranjar a mota na porta rua de sua casa e se colocava de cocaras, ficava com o rego do rabo à mostra ...que nojo! Ela odiava.
Bem... mas pouco importava. Afinal ela tinha apenas catorze anos e ele um rapaz de vinte e um...sua mãe nunca o permitiria. Está tudo bem...a noite caía e os amigos estavam à sua espera.
Amanhã era outro dia e aquela miúda era mesmo uma chata muito gira, mas que não podia com ele e tinha de crescer...nem sabia porque pensava no assunto.

sábado, 20 de agosto de 2011

O que tinha significado para ela?

Caminhando lentamente no passeio pela rua quase deserta  chuviscando, ele seguia de cabeça baixa movendo apenas os olhos para cima para ver o que tinha á sua frente. Aquela chuva sabia-lhe bem e refrescava-lhe o pensamento.
Aquela mulher...aquela mulher, havia sido sua professora e era agora a mulher que ele amava.
Muito mais velha que ele e que apesar do grande envolvimento que haviam tido e da paixão que ele sentia por ela, não o queria mais.
 Ela quis ser mãe.  Sendo sua professora e sabendo do seu elevado Q.I. deixou-se viver com ele aquele momento, que faria dele o pai de seu primeiro filho.
Continuava caminhando no cair da noite sem parar.
Não conseguia compreender o porquê dela o usar...e como era possível? Como tinha sido ingénuo só compreendendo tão tarde o que tinha significado para ela?  Tentando ultrapassar aquele  momento difícil de sua vida caminhava entre a passa de um cigarro e o entrar num bar para se encharcar de álcool.
 Pensava em que altura tinha começado a  se dar conta daquela  realidade que mudou a sua vida...