Com a vida por um fio ela continuava a fazer tudo o que sempre fazia no seu dia a dia ignorando pura e simplesmente o que vinha sentindo.
Afinal tinha apenas 17 anos e ninguém lhe havia dito nada.
Estava na hora, o tempo tinha passado e nada acontecia a não ser aquelas dores e falta de poder manter-se sentada na mesma posição, ou simplesmente aquelas dores, que nem passavam nem aumentavam mas que iam e vinham, fazia mais de um dia.
Foi o seu professor e advogado Drº Novais que vendo aquela indisposição na sua aula de direito comercial, lhe pediu para sair e se dirigir ao hospital. Lá foi...mas sem vontade alguma. Afinal era o fim de uma gravidez e que tinha passado as 40 semanas não deveria ser muito diferente ou seria??? Porque o seu médico de nada a havia informado e porque sua mãe sua sogra nunca nada lhe disseram? Era afinal algo natural ou não de acontecer???
Muito jovem e bem disposta, ela jamais imaginou que não voltaria a casa para buscar suas malas com a roupinha do bebé e muito menos que dentro de poucas horas iria entrar num coma que e a faria lutar durante mais de vinte dias pela vida e que a faria esquecer quem era, onde estava e o que fazia ali, que era casada e havia tido um bebé...sequer que era mãe.